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Três dias após queda de energia que atingiu principalmente as regiões Norte e Nordeste, o líder da oposição, Humberto Costa (PT-PE), criticou o ministro de Minas e Energia, Fernando Filho. Para isso, usou a privatização da Eletrobras e da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf). “O ministro está sofrendo de apagão moral”, acusou o petista.
“Esqueceu-se de defender os interesses do povo nordestino, especialmente o pernambucano, que o elegeu, e agora defende exclusivamente os interesses de empresas privadas que desejam comprar a Chesf a preço de banana”, afirmou Humberto Costa.
“Quais são os interesses que estão por trás da venda do patrimônio nacional às vésperas de uma eleição presidencial? Por que não esperar que a população brasileira decida qual é o tipo de projeto que quer para o País: se esse que quer dilacerar nossos bens e nossa autonomia ou outro que busque preservar e fortalecer nossas empresas e nossas potencialidades?”, questionou o senador.
O projeto de lei da privatização da Eletrobras está em tramitação na Câmara dos Deputados. Essa semana, o relator, José Carlos Aleluia (DEM-BA) disse que o governo abandonou a desestatização “à própria sorte”.
A proposta prevê que o governo tenha uma “golden share” que garante a indicação de um membro adicional no Conselho de Administração. Além disso, institui a limitação a 10% do poder de voto para qualquer acionista. O ministério afirma que essas medidas evitam a concentração de mercado. Segundo a proposta, um terço dos recursos gerados pela descotização das usinas hidrelétricas será destinado para abater encargos tarifários pagos por todos.
NE10
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