segunda-feira, 24 de setembro de 2018

PSL de Bolsonaro mais que dobra número de candidatos e desbanca PT nas eleições 2018

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Imagem: Reprodução

O número de candidatos do PSL passou de 680 nas eleições de 2014 para 1.454 neste ano, uma alta de 113,8%, apontam dados do Tribunal Superior Eleitoral. Com o aumento, o partido se tornou a sigla com mais candidatos nas eleições de 2018.

Em 2014, o posto era ocupado pelo PT. Em 2018, porém, o partido teve uma alta de apenas 1,8% no número de candidatos, de 1.217 para 1.239, e passou a ocupar o terceiro lugar.

Já PTB e PSB são os partidos que mais perderam posições no ranking de candidatos em 2018. Há quatro anos, o primeiro lançou 824 nomes e o segundo, 1.172. Hoje, as siglas têm 618 e 887 candidatos, respectivamente. O PCB e o PSTU, por sua vez, são os partidos que mais perderam candidatos proporcionalmente.

Foram considerados apenas os candidatos aptos em ambas as eleições. Isso quer dizer que aqueles com candidaturas indeferidas ou que renunciaram não foram contabilizados, já que não participaram efetivamente dos pleitos.


Segundo o cientista político Rudá Ricci, presidente do Instituto Cultiva, dois movimentos explicam a ascensão do PSL:

"Como o [Jair] Bolsonaro [candidato à Presidência pelo partido] não tinha aliança partidária, ele tinha que aumentar o máximo possível para ter cabos eleitorais profissionalizados. Além disso, aumentou o número de candidatos evangélicos e da bancada da bala, da segurança pública", diz o cientista político Rudá Ricci.

"Embora estejam espalhadas, pessoas que são policiais ou estão ligadas ao equipamento de segurança pública estão mais alinhadas à direita ou a partidos que facilitem a vida delas como candidatos", afirma.

Ainda segundo Ricci, o PSL também está muito atrelado ao movimento antipetista em alta no país. "Como ele [Bolsonaro] tem uma projeção pública fácil, esse tipo de exposição ajuda. Em uma campanha milionária e curta como a que estamos tendo, a projeção pública do líder ajuda os candidatos que falam 'sou do partido do Bolsonaro' ou 'sou do partido do Lula'", diz.

Outros partidos tradicionais, como o MDB e o PSDB, apresentaram queda. O MDB teve uma diminuição de 5,8% no total de candidatos. Já o índice de baixa do PSDB foi de 8,6%.

De acordo com Ricci, o motivo desse movimento partidário está muito atrelado ao governo Temer. "Ele fez o PT aumentar a sua popularidade e fez o PSDB e o MDB perderem", afirma. "Temos muitas pesquisas, inclusive uma encomendada pelo Renan Calheiros, que revelava que, cada vez que ele aparecia com o Temer, o índice de rejeição dele aumentava, e, a cada vez que aparecia com Lula, diminuía. Por isso que ele foi paulatinamente se aproximando do Lula."


G1

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