quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Pesquisa Datafolha mostra que Lula mantém vantagem após condenação

Imagem: Reprodução

Apesar da queda, a influência de Lula não pode ser desconsiderada como cabo eleitoral. Isso porque 27% dos entrevistados ressaltam que o ex-presidente "com certeza" influenciaria suas escolhas, e 17% afirmam que "talvez" seguissem a indicação do petista.

SEGUNDO TURNO

No segundo turno, Lula venceria o tucano Geraldo Alckmin por 49% a 30%; a ex-senadora Marina Silva (Rede) por 47% a 32%; e o deputado Jair Bolsonaro (PSC) por 49% a 32%.

Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro também seria derrotado por Marina Silva (42% a 32%) e estaria em situação de empate técnico com Alckmin (35% a 33%). Esta segunda hipótese estaria dentro da margem de erro da pesquisa, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

A simulação envolvendo Alckmin e Ciro Gomes aponta, também, um empate técnico — nesse cenário, Alckmin teria 34%, e Ciro, 32%,
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) - Marcos Alves / Agência O Globo

REJEIÇÃO

A condenação do TRF-4 não alterou significativamente a rejeição do ex-presidente LUla, que subiu de 39% na pesquisa anterior para 40%. A mudança mais sensível foi na rejeição do presidente Michel Temer, que caiu de 71% para 60% em cerca de um mês.

Fernando Collor aparece com a segunda maior rejeição, com 44%, atrás de Temer. Bolsonaro tem 29%, Alckmin, 26% e Huck, 25%.

O Datafolha registrou ainda que a saída de Lula da corrida presidencial poderá afetar a participação nas eleições — 31% dos eleitores do petista declararam voto branco ou nulo nos cenários sem o ex-presidente.


TRANSFERÊNCIA DE VOTO

O Datafolha também mostra que Lula perdeu pontecial de transferência de voto. Em novembro, o percentual de eleitores que não votariam no político apoiado por Lula era de 48%. A pesquisa desta quarta-feira registra 53% de rejeição a qualquer nome indicado pelo ex-presidente.

O Datafolha também levantou como seria a performance do juiz Sérgio Moro, responsável pela condenação de Lula na primeira instância, no ano passado. Segundo a pesquisa, 50% dos entrevistados não votariam no candidato apoiado pelo magistrado, enquanto 25% confirmaram que seguiriam a indicação dele. Outros 22% admitiam a possibilidade de ouvi-lo e votar com ele.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, por sua vez, garante o voto de 11% dos eleitores aos seus apadrinhados. Outros 22% estudariam votar no nome apoiado pelo tucano. Mas 64% dos entrevistados rejeitam a indicação do líder do país entre 1995 e 2002.

Michel Temer é o cabo eleitoral mais impopular das opções estudadas pelo instituto: 87% dos eleitores rejeitam o candidato do presidente, apenas 4% acolheriam a indicação e 8% avaliaram a possibilidade.

O Datafolha fez 2.826 entrevistas em 174 municípios. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais para mais ou menos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR 05351/20018. O levantamento foi divulgado pelo jornal "Folha de S.Paulo".


O Globo


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