sábado, 31 de março de 2018

PGR pede para soltar amigos de Temer e mais 11 presos na Operação Skala

Imagem: Reprodução


A Procuradoria Geral da República solicitou, neste sábado (31) ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), a revogação das prisões da Operação Skala, que, entre outros, prendeu dois amigos do presidente Michel Temer. Segundo a Procuradoria, o objetivo inicial das prisões temporárias, que era de instruir as investigações, já foi cumprido. 

Operação Skala

A Operação Skala faz parte das medidas solicitadas pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge – e autorizada pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF) – com o objetivo de coletar provas para o inquérito que investiga se o presidente Michel Temer editou um decreto a fim de favorecer empresas portuárias em troca de propina. Temer nega.

Na última quinta-feira (29), a Polícia Federal (PF) prendeu, em caráter temporário (por cinco dias), o advogado José Yunes, ex-assessor da Presidência da República. As medidas foram determinadas pelo ministro Luís Roberto Barroso, relator do chamado Inquérito dos Portos, no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Yunes, foram presos durante a Operação Skala, da Polícia Federal (PF), o ex-ministro da Agricultura e ex-presidente da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), Wagner Rossi, e o presidente do Grupo Rodrimar, Antônio Celso Grecco. Também foi preso, em São Paulo, o coronel aposentado João Batista Lima, amigo do presidente Temer

A empresária Celina Torrealba, uma das proprietárias do Grupo Libra, que também atua no ramo portuário, foi detida em seu apartamento, no Rio de Janeiro. No mesmo dia, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que a prisão de pessoas ligadas ao presidente não enfraquecem o governo e que o presidente "não tem a ver com isso". O inquérito apura o suposto favorecimento da empresa Rodrimar S/A por meio da edição do chamado Decreto dos Portos (Decreto 9.048/2017), assinado por Temer em maio do ano passado.

Estão detidos pela Polícia Federal:
  • José Yunes, advogado, amigo e ex-assessor do presidente Michel Temer 
  • Antônio Celso Grecco, empresário, dono da empresa Rodrimar
  • João Batista Lima, ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo e amigo de Temer
  • Wagner Rossi, ex-deputado, ex-ministro e ex-presidente da estatal Codesp
  • Milton Ortolan, auxiliar de Wagner Rossi
  • Celina Torrealba, uma das donas do Grupo Libra
  • Eduardo Luiz de Brito Neves, proprietário da MHA Engenharia
  • Maria Eloisa Adensohn Brito Neves, sócia nas empresas MHA Engenharia e Argeplan
  • Carlos Alberto Costa, sócio fundador da Argeplan e ex-sócio da AF Consult Brasil
  • Carlos Alberto Costa Filho, sócio da AF Consult Brasil

Diário de Pernambuco

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