segunda-feira, 2 de abril de 2018

Gravatá: As acusações contra ex interventor, respingarão sobre o PSB?

Imagem: Reprodução

A poucos dias atrás a Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco anunciou a abertura de processo administrativo que poderá resultar na demissão, perda do posto e da patente do Coronel Mario Cavalcanti e outros militares denunciados pela Operação Torrentes.

Ex-secretário da Casa Militar, interventor do município de Gravatá (2015-2016) nomeado pelo governador Paulo Câmara (PSB) e secretário executivo de Recursos Hidrícos do governo do Estado, cargo do qual foi exonerado após a Operação Torrentes. Levaram o Coronel a um patamar de extrema confiança por parte do Partido Socialista Brasileiro no estado.

Após assumir a intervenção municipal de Gravatá no ano de 2015, Mario não se esquivou em tentar alavancar o projeto do PSB no município, ladeado do Deputado Estadual Waldemar Borges, postulante ao executivo nas eleições de 2016, pousava em fotos na tentativa de elevar o pré candidato, que outrora desistiria do projeto.

A operação Torrentes vem colocar em dúvida a gestão do Coronel em Gravatá, gestão essa marcada pela ausência de transparência e acusações por parte do atual prefeito Joaquim Neto de Andrade (PSDB) e do ex prefeito Bruno Martiniano.

Consequentemente fatos leva-nos a refletir se os vitupérios de Mario Cavalcanti respingarão sobre o PSB de Waldemar Borges, João Paulo e cia que nas eleições de 2016,  destronaram os Prequés do partido, e agora buscam destronar Joaquim da prefeitura.

Entenda a Operação Torrentes:

A Operação Torrentes investiga um suposto esquema de desvio de recursos federais na Casa Militar do Estado para ajuda às vítimas das enchentes na Mata Sul do Estado nos anos de 2010, ano em que o coronel Mário Albuquerque comanda a Casa Militar.

Além dele, vão responder ao processo os coronéis da PM Roberto Gomes de Melo Filho e Waldemir José Vasconcelos; os tenentes-coronéis Fábio de Alcantara Rosendo e Laurinaldo Félix Nascimento; e o oficial do Corpo de Bombeiros Militar, capitão Flávio Henrique de Andrade Figueiredo.

Fabio Rosendo e Flávio Figueiredo foram acusados de peculato na mais recente denúncia do Ministério Público Federal (MPF), que mirou a compra de colchões para atender as vítimas das enchentes da Mata Sul no ano passado. Rosendo foi secretário-executivo de Defesa Civil, pasta ligada à Casa Militar – e Figueiredo, o fiscal do contrato da compra. O dois mais três empresários da empresa T&R Comércio de Artigos de Confecção Ltda. teriam supostamente desviado mais de R$ 2 milhões em contratos para a aquisição dos colchões.

Os oficiais da reserva podem ter, inclusive, suas aposentadorias cassadas ao final do Conselho de Justificação, como é chamado o processo que apura se os investigados são “dignos do oficialato” e de permanecerem no serviço ativo. Após sua conclusão, ele é enviado ao Tribunal de Justiça do Estado (TJPE) que pode ou não concordar com as conclusões do Conselho.

Ao final do processo, há a possibilidade também de apenas punições disciplinares, que variam de advertência até prisão disciplinar, passando por repreensão e retenção. Como tem caráter administrativo, o Conselho corre paralelamente ao processo judicial que enfrentam os oficiais.

Com informações do NE10


Blog de Cleiton Pereira

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