segunda-feira, 16 de abril de 2018

Ascensão de Joaquim Barbosa muda correlação de forças em PE

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Imagem: Reprodução

Os índices alcançados pelo ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, na última pesquisa divulgada pelo Instituto Datafolha, mudaram a percepção dos socialistas sobre o cenário eleitoral e podem interferir na correlação de forças em Pernambuco. Com 8% das intenções de voto, apenas uma semana depois de se filiar ao partido e sem ainda se colocar diretamente como pré-candidato, ele já é considerado o grande fato novo da disputa, o que pode interferir na reaproximação entre PSB e PT, principalmente depois da prisão do ex-presidente Lula.

Entre os socialistas, a leitura é que a costura de uma aliança com os petistas ainda é importante, para fortalecer a chapa encabeçada pelo governador Paulo Câmara (PSB). No entanto, esta possibilidade já não estaria mais tão atrelada ao apoio do PSB a Lula que, segundo o Datafolha, não consegue transferir muitos votos quando é colocado fora do pleito. “A saída de Lula, a se confirmar, altera muito o quadro político da disputa. Principalmente no plano nacional. Aqui temos o interesse mantido”, garantiu o deputado federal Tadeu Alencar (PSB), nesta segunda (16).

Segundo ele, “os candidatos apoiados por Lula não têm mesmo desempenho e isso afeta performance do PT, seja com candidato, seja com aliança”. “Mas acho que precisa ter tranquilidade. Respeitar, Lula que teve papel fundamental quando foi presidente. Não nos anima ver ex-presidente que melhorou o país quando governou e agora está passando por estas dificuldades. Mas também defendemos que as instituições funcionem, independente do destinatário”, colocou.

Marina Silva

Tadeu também não descartou a possibilidade de uma aliança com Marina Silva (Rede), ainda no primeiro turno. Nos bastidores, se comenta que ela seria a vice ideal para Joaquim Barbosa, inclusive para impedir o crescimento do deputado Jair Bolsonaro (PSL). “Se não tiver capacidade de aglutinação e de dialogo no campo progressista, podemos ter o que parece trágico alguém com perfil de Bolsonaro”, disse.

“O PSB está em discussão. Até o momento das convenções, vamos debater sobre nosso caminho. Nesse meio tempo, precisamos manter o diálogo permanente e as portas abertas para construir alternativas para segundo turno, ou até estrategicamente, para fazer frente à essa onda conservadora, no primeiro turno”, pontuou.

Na sua visão, Joaquim Barbosa é um candidato que tem forte potencial, justamente por ter um perfil ético e ao mesmo tempo a capacidade para discutir com propriedade as questões sociais do Brasil. “Ele pode atender a expectativa da sociedade brasileira. Tem uma vida limpa, de serviços públicos prestados ao Brasil. Tem identidade ética e republicana inquestionável. Clareza com relação à desigualdade. Ele traz na sua história de vida o debate sobre o Brasil que é mestiço, com maioria negra. Faz muito bem ao país eleger um negro para debater sobre o combate à desigualdade”, finalizou.


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