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O cálculo que os petistas têm feito sobre o desempenho eleitoral do partido se dá a partir da participação do ex-presidente Lula na corrida presidencial. Líder da oposição, o senador Humberto Costa pondera: “Todos nós sabemos que, se ele vier a circular o Estado, ajuda bastante. A primeira coisa é essa. O PT não sabe se vai poder dispor da presença física de Lula nessa campanha e isso, sem dúvida, é uma perda”.
A despeito da situação delicada que vive o partido, dessa incerteza sobre a corrida presidencial e da posição em que Joaquim Barbosa, filiado ao PSB, aparece na última pesquisa Datafolha, o senador não acredita na possibilidade de o PT vir a apoiar, eventualmente, o socialista. “Acho, inclusive, que a candidatura dele seria um empecilho para as alianças que a gente tem em vários estados”, pontuou Humberto em entrevista à CBN ontem.
O PT e o PSB estão juntos, enumera Humberto, na Bahia, na Paraíba, no Ceará e há possibilidade de estarem juntos em Sergipe e no Amapá e em Minas Gerais, além do Piauí. A posição contrária de Humberto se dá menos pela relação de Barbosa com o julgamento do mensalão e mais pelo fato de, na visão dele, o ex-ministro não ter “experiência administrativa nenhuma”. Ele emenda: “Dificilmente, ele terá o traquejo político necessário para lidar com o Congresso Nacional, que não vai ser muito diferente, é uma pessoa temperamental. Não sei se é de esquerda, se é de direita, o que ele pensa do Brasil (...) Não podemos dar um salto no precipício sem saber o que tem lá embaixo”.
Independente da pesquisa Datafolha, divulgada no domingo, na qual Joaquim Barbosa desponta com até 10%, à frente de candidaturas como as de Geraldo Alckmin e Ciro Gomes, em pesquisa interna do PSB, realizada pelo Cipec, ele já figurava capitalizando votos de Lula, o que levara socialistas a apostarem na hipótese de conquistarem o apoio do PT.
Folha PE
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