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O secretario de Planejamento e Gestão do governo Paulo Câmara (PSB), Márcio Stefani, voltou a negar que a administração estadual vá abrir mão do ICMS cobrado sobre os combustíveis e culpou o presidente Michel Temer (MDB) pela crise gerada pela mobilização da categoria. O secretário espera que na tarde desta terça-feira (29) já comece uma desmobilização.
Em entrevista ao Programa Passando a Limpo da Rádio Jornal, Márcio Stefani disse que o “desgoverno que impera no Brasil” fez com que o movimento tenha ganhado mais do que havia reivindicado no começo e que o governo Temer foi o responsável por colocar em pauta a questão do ICMS.
“É preciso dar nome e sobrenome a quem criou a crise”, disse o Stefani, acrescentando que a crise nasceu em Brasília e que o governo “ignorou” o movimento no seu início. No Palácio do Planalto, a avaliação é que a greve foi subestimada.
Márcio Stefani disse ainda que a convocação dos secretários estaduais da Fazenda foi feita de forma “antidemocrática” para fazer os Estados renunciarem a receita do ICMS. O secretário foi um dos que não compareceu à reunião.
Questionado sobre o projeto que pretende tabelar a cobrança do ICMS em 18% sobre a gasolina e 7% sobre o diesel, o secretário afirmou que o governo já teve conversas com o senador Humberto Costa (PT), que costura uma aliança com os socialistas nas eleições de outubro, para articular para que a proposta não seja aprovada.
Ele, contudo, disse não ter notícia dos outros senadores pernambucanos Armando Monteiro Neto (PTB) e Fernando Bezerra Coelho (MDB), que lideram a oposição ao governo Paulo Câmara. Segundo Stefani, já com o acordo que zerou a Cide, o Estado vai deixar de arrecadar R$ 30 milhões até o final do ano, recurso destinado à na recuperação e construção de novas estradas.
“Nós não pretendemos abrir mão (do ICMS). Vai ficar muito difícil para todos os pernambucanos. Os senadores também votarão contra”, disse Stefani.
NE10
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