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Procuradoria Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), e o ex-deputado Márcio Junqueira (ex-filiado ao PP, atualmente no Pros) por suposta obstrução de Justiça.
O oferecimento da denúncia não representa condenação. A partir de agora, caberá ao STF decidir se acolhe ou não a acusação do Ministério Público.
Se o tribunal acolher a denúncia, eles se tornarão réus, e uma ação penal será aberta. Somente depois da etapa de coleta de provas e depoimentos de testemunhas é que o STF decidirá se os condena ou os absolve.
Em nota Eduardo da Fonte afirmou: "Reitero que estou à disposição da justiça para que os fatos sejam esclarecidos o mais rápido possível e que a verdade prevalecerá".
Entenda
Em abril, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca nos gabinetes e nos apartamentos funcionais de Ciro Nogueira e de Eduardo da Fonte, em Brasília.
Na ocasião, o mandado foi autorizado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no STF. A operação foi deflagrada em conjunto com a PGR.
A suspeita dos investigadores é que Ciro Nogueira e Eduardo da Fonte tentaram comprar o silêncio de um ex-assessor do senador que tem colaborado com a Justiça.
A Polícia Federal chegou a prender Márcio Junqueira, em Brasília. Ele foi flagrado na chamada "ação controlada" da PF entregando R$ 6 mil ao ex-assessor de Ciro Nogueira.
A Procuradoria diz que o dinheiro serviria pra comprar o silêncio da testemunha. Na ocasião, a defesa de Márcio Junqueira diz que se tratava de uma ajuda financeira pessoal.
Quando a operação da PF foi deflagrada, as defesas de Ciro e de Eduado da Fonte disseram que os parlamentares estavam à disposição da Justiça.
G1
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